segunda-feira, 21 de novembro de 2011


Elementos básicos de comunicação visual!!!!!!


Ponto

O ponto é o elemento mais simples e unitário da linguagem visual. Não só pode ser analisado sob a questão da sua dimensão, como concentração- rarefação. A sua concentração e sobreposição, conjugado com o fator cor, permite o jogo de perceção visual em imagem, como por exemplo, a fusão cromática no olho do obervador (efeito produzido pela quadricromia - impressão a 4 cores em off-set)

Linha

A linha é um conjunto de pontos. Podem ser retas, semi-reta; curvas; onduladas; híbridas, compostas por partes retas e curvas, etc.

Forma

Formas geométricas regulares simples como os triângulos, quadrados, rectângulos e círculos; 
Formas geométricas regulares complexas:  poliedros;
Formas geométricas irregulares: formas isomórficas, etc.

Direção

Pode ser observada nas formas básicas simples: o quadrado - horizontal e vertical; o triângulo - diagonal e o círculo - curva; mas a partir daí o uso de direções estabelecidas pelas linhas de olhar, de objectos semelhantes, de perspectivas, etc, produzem a riqueza e a dinâmica da imagem.
A associação das direções a significados é um aspecto fundamental:
- a direção horizontal, linha que podemos instantanemente relacionar com o horizonte, está associada ao repouso, permanência;
- a direção vertical pode ser associada ao homem, à sua presença ereta no espaço/ no mundo, associada à vontade/ à afirmação, mas também é a direção que serve de oposta à horizontal; entre estas duas define-se o  sentido de estabilidade; ligadas, sobretudo ao organismo do homem (horizontal- descanso; vertical- atividade);
- as diagonais refletem o oposto - são forças de instabilidade, de desiquilibrio, e como tal, forças provocatórias da visão humana que procura a estabilidade; como no ocidente a leitura se estabelece da esquerda para a direita, a associação das diagonais (em termos gerais) varia entre  ascender (inferior esquerdo- superior direito) e descender (superior direito- inferior esquerdo);
- as direções curvas representam envolvimento, repetição e calor; aspectos relacionados provavelmente com arcaísmos como a concentração em redor do espaço do fogo (lugar de proteção contra os animais, o frio e o escuro, nos princípios da humanidade), que se herda para o espaço da casa (não é displiciente que em terminologia arquitetónica se usa a referencia de "nº de fogos" para dar a indicação do nº de espaços habitacionais que existem num edifício).

Tom


Variação de escuridão e luminosidade presente numa imagem. Está associada a sentidos tão diversificados e culturalmente estabelecidos tais como:
- escuridão - noite; ignorância; perda; caos; desumano; diabo; inferno; mal; impureza; morte; luto; mistério; dúvida;(...)
- luminosidade - dia; verdade; sabedoria; ordem; humano; deus, paraíso/céu; bem; pureza, nascimento; esclarecimento; certeza; (...)

O tom permite também a identificação dos "objectos debaixo do sol", ou seja, precisamos de luz para ver o que nos rodeia. Como tal os tom ajuda a definir os objectos, identificados, no espaço através da sua perspectiva (determina que haja áreas em sombra e áreas em luz).

Cor


Cores primárias: magenta, amarelo e cyan;
Cores secundárias: verde, laranja e violeta;
Cores complementares (pares): magenta- verde; amarelo-violeta; cyan-laranja
A temperatura da Cor: identificação de valores de temperatura associados às cores; as cores quentes são os vermelhos, laranjas e alguns amarelos; as frias são os azuis, verdes e alguns violetas (alguns, pois depende da percentagem de cores quentes na mistura).

Pureza cromática versos mistura de cores: as cores mais puras são as que são as que estão mais próximas no círculo das primárias.
Harmonias cromáticas: de diversa ordem.

O significado das cores pode variar muito, no entanto tudo o que está mais ligado ao biológico do homem, é essencial. Tal significa que, tanto identificação cromática no corpo humano, como sensações/ emoções básicas (que naturalmente ao corpo estão ligados), são tendencialmente universais, como o vermelho ser sangue, logo sinal de alerta, e consequentemente de perigo.

Textura

Aspecto comunmente aassociado ao sentido do tato.
Texturas regulares/ irregulares, naturais/artificiais, etc.

Escala

Identificação do grande e do pequeno. Possibilita fornecer a sensação de grande e de pequeno. Em relação a este elemento, o curioso é o fato de apenas funcionar na dupla evidência do par grande pequeno - a definição de um implica o outro, poder-se-á dizer mutúa. Este aspecto implica que a definição de escala seja sempre algo fluído e relativo, nunca absoluto, pois é uma questão de comparação num determinado contexto.

Dimensão

A representação bidimensional poderá permitir a representação (simulada) da 3ª dimensão (altura), através das regras da perpectiva cónica. A perspectiva cónica é uma técnica de representação gráfica,  inventado no séc XV, e que se baseia na simulação do efeito ocular percecionado pelo homem, na sua experiência diária no mundo. Tal experiência diz-lhe que há uma linha horizontal - linha de horizonte, e que algures nessa linha, há um ponto onde convergem todas as linhas que não horizontais - o ponto de fuga. Esta estratégia técnica determina que, a partir de um mesmo ponto - ponto de observação,  objetos semelhantes e que estejam espalhados no espaço, são vistos como tendo tamanhos diferentes. Esse aspeto permite fazer sentir ao observador, estar mais perto de um que de outro.

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